Workshop DNIT - FAUNA faz parte de uma série de oficinas promovidas pela Coordenação Geral de Meio Ambiente - DNIT/ DPP/ CGMAB, com o intuito de trocar experiências entre as empresas Gestoras e publicar artigos e estudos de caso para auxiliar e aprimorar a Gestão Ambiental nas Rodovias. Todo material produzido nesse evento será disponibilizado livremente em formato digital neste mesmo blog e as publicações impressas serão disponibilizadas pela CGMAB.

WORKSHOPS DNIT/CGMAB
  1. Programa de Comunicação Social Aplicado à Gestão Ambiental
  2. Novas Normas e Legislação Ambiental

BR-163

A pavimentação da BR-163 e conseqüente uso, ocupação, desmatamento e fragmentação florestal pode causar isolamento de populações da fauna, afugentamento de animais, morte por atropelamento, perda de hábitat, redução de variabilidade genética (devido ao menor fluxo gênico) e também, diversos outros efeitos negativos que só poderão ser identificados a partir do estudo e monitoramento da fauna local. A partir desses dados, os danos causados à fauna podem ser mais bem identificados e muitas vezes reduzidos, através da execução de medidas de mitigação desses impactos. Para a implantação de passagens de fauna, são realizadas campanhas de campo com o objetivo de identificar as espécies inventariadas para a região e, dentre estas, quais são as mais susceptíveis a atropelamentos, bem como os pontos com maior número de ocorrências.


Uma vez implantadas, as passagens de fauna devem ser monitoradas a fim de que sua eficiência seja comprovada e reavaliada periodicamente, durante as fases de instalação e operação da rodovia. Outras medidas podem ser implantadas complementarmente com o intuito de mitigar os impactos sobre a fauna local, tais como: sinalização; redutores de velocidade; placas avisando sobre a travessia de animais silvestres; placas educativas; pontes com passagem seca e cercas direcionadoras.


Vale ressaltar que estas medidas não acabarão com os atropelamentos, mas espera-se uma redução significativa das ocorrências, uma vez recuperados os corredores de mata ciliar existentes na região, e devidamente implantadas as medidas mitigadoras propostas.


Clique aqui e veja a apresentação feita em Power Point


Website: http://www.br163ambiental.com.br/

BR-392/RS

DELINEAMENTO AMOSTRAL DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA - ESPÉCIES BIOINDICADORAS DA BR-392/RS


Com base no Plano Básico Ambiental (PBA) da BR-392, foi elaborada uma proposta de delineamento de amostragem cujo objetivo é verificar os efeitos da duplicação da rodovia durante e após a instalação da duplicação, na biodiversidade de vertebrados. Para tanto a proposta foi subdividida em quatro subprogramas: Mastofauna médio e grande porte; Répteis; Anfíbios e Peixes Anuais. Este último grupo não será tratado neste trabalho pelo fato de ser uma medida compensatória. A área do empreendimento está inserida no complexo lagunar Patos-Mirim, Bioma Pampa, sendo a matriz da paisagem da BR-392 caracterizada por agroecossistemas como o cultivo de arroz, criação de gado e a policultura. Foram selecionadas três unidades ambientais para amostragem, denominadas de (i) Várzea do Canal de São Gonçalo, (ii) Banhado Vinte e Cinco e da Mulata e (iii) Marismas. As amostragens estão sendo realizadas ao longo de um gradiente de distância da rodovia, desde 0 até 5 km, usualmente empregado para avaliar efeitos sobre a fauna e a flora. 


Para os mamíferos de médio e grande porte estão sendo utilizadas duas técnicas de amostragem (Transectos de Rastros e Armadilhas Fotográficas). Já para os Anfíbios e Répteis estão sendo utilizadas as técnicas auditivas, visualização, encontros ocasionais e de armadilhas de queda. Independente do grupo bioindicador, as técnicas de Transectos de Rastros, Auditivas e de Visualização são realizadas percorrendo estradas secundárias, no entorno da BR-392, em cada unidade ambiental. Para as demais técnicas como as armadilhas fotográficas (Mastofauna médio e grande porte) e armadilhas de queda (Anfíbios e Répteis) o desenho amostral é distinto. A disposição espacial das armadilhas fotográficas abrange os ambientes de mata, sendo instaladas sem distância fixa da rodovia. Já para as armadilhas de interceptação e queda com cercas-guia optou-se por estabelecer dois estratos de distância da rodovia: (i) dentro da faixa de domínio e (ii) fora da faixa de domínio. Até o presente momento foram realizadas três das campanhas de monitoramento. 

Neste contexto, a presente proposta associa as técnicas metodológicas para os respectivos grupos de vertebrados com um delineamento amostral adaptado às condições locais, visando contribuir em termos analíticos para a elaboração de resultados mensurados pelo programa de Monitoramento de Fauna – Espécies Bioindicadoras. 

Clique aqui e veja a apresentação feita em Power Point.